O suicídio à sombra do demiurgo
Quando me preparava para escrever sobre os afetos relacionados ao regime teocrático que parte da população parece desejar no Brasil e em outras democracias liberais, acabei lendo algumas coisas a respeito do ensino de filosofia na extinta União Soviética. Como o foco do texto seria minha preocupação com a realidade de que muitos brasileiros gostariam de colocar uma espécie de aiatolá no poder, quis ver exemplos de regimes autoritários, tanto no presente quanto no passado recente, possuidores de uma ideário oficial que proíbe ou filtra severamente outras visões de mundo.
Deus julgando Adão, pintura de William Blake |
Minha preocupação primeira é a mesma de todo mundo: autopreservação. Isso pode parecer estranho para quem me conhece e para aqueles que acompanham o que escrevo há algum tempo, dado que tenho explicitado que a realidade é muito ruim e penso que teria sido melhor se nós nunca tivéssemos existido em primeiro lugar. O questionamento "se acha melhor não ter existido, por que não se mata?" não é uma resposta incomum ao meu pessimismo, ainda mais entre estudantes de filosofia que não possuem os preconceitos religiosos — ou o viés da psicologia — que colocam a vida como o bem supremo, muito embora a maioria deles coloque a continuação do mundo humano como um bem supremo.
Possuir uma visão da realidade que pode ser qualificada como pessimista, ou seja, enxergar no fenômeno da vida uma estrutura terminal demasiadamente dolorosa, ao ponto de se fazer um julgamento ético negativo a respeito do fenômeno da vida, não faz com que um indivíduo seja automaticamente a favor da morte voluntária. Há que se diferenciar o ser e o ente, talvez, mas certamente há que se diferenciar um ser em potencial, que ainda não veio a existir, daquele que já existe no mundo. O filósofo Julio Cabrera afirma que confundir tais coisas acaba por gerar confusão nas cabeças de muitos que argumentam contra a posição pessimista, e que seria esta a razão dos críticos afirmarem que o pessimista deveria escolher matar-se o mais rápido possível.1
Para os críticos, esse tipo de pensamento automaticamente levaria o pessimista a negar qualquer aspecto positivo na vida. Mas isso é duvidoso, na melhor das hipóteses, ou simplesmente falso. Segundo Cabrera, aquele que preferiria não ter existido em primeiro lugar não tem nenhuma obrigação de suicidar-se, pois há uma clara diferença entre não vir à existência e já existir no mundo. Concordo com o ele. Segundo Emil Cioran, é inútil matar-se, pois sempre estaríamos nos matando tarde demais2 — o estrago maior, o nascimento, já foi feito. Não há nada que venha depois disso que possa remediar a existência, nem mesmo a destruição da consciência pelas próprias mãos. Sobre esse assunto, recomendo o livro do professor Rossano Pecoraro, Cioran: a filosofia em chamas3.
Mas o que a questão do suicídio e o meu medo de uma teocracia teriam a ver com o ensino de filosofia no antigo regime soviético? Diretamente, não muito, admito. Na extinta União Soviética, o ensino das religiões, das filosofias idealistas — exceto o idealismo de Hegel, que foi apropriado por aquele regime e ensinado através da perspectiva dialética materialista — e de outras filosofias políticas, era tratado de maneira crítica, sempre sendo contraposto à (suposta) verdade e retidão da dialética materialista, do materialismo histórico, do ateísmo e do marxismo, tal como estes eram interpretados pelo marxismo-leninismo, ideologia oficial do regime. As pesquisas no campo da filosofia eram tão restritas que mais aparentavam a escolástica medieval e seus debates insípidos do que filosofia contemporânea.4
Isso quer dizer que considero o ensino de filosofia soviético uma porcaria e penso que qualquer um que defenda um regime parecido é aspirante a ditador. Agora, então, posso tratar da questão dos afetos relacionados ao meu medo de viver em uma teocracia, ou uma proto-teocracia, algo que muitos parecem desejar em certas democracias liberais do ocidente, tais como o Brasil (que acabou de eleger Bolsonaro) e os Estados Unidos (que elegeu Trump dois anos atrás). Ambos chefes de Estado foram eleitos, em grande parte, por uma base eleitoral protestante, de variante pentecostal e neopentecostal — muito embora pessoas de outras denominações e crenças também tenham votado em peso nos dois candidatos.
É algo que considero preocupante.
É algo que considero preocupante.
Fundamentalistas e religiosos conservadores nos Estados Unidos tem sido responsáveis, em grande parte, por manter aquele país na retaguarda do primeiro mundo no que diz respeito a problemas como gravidez na adolescência, doenças sexualmente transmissíveis, visões a respeito do ambientalismo e mudança climática, violência, entre outros.5, 6, 7, 8, 9, 10 É claro que eles não são o único fator por trás desses problemas, contudo, existe uma correlação significativa e, muito embora correlação não necessariamente indique causalidade, neste caso há.
Podemos esperar o mesmo no Brasil. Até bem recentemente em nossa história, o catolicismo foi a força motriz por trás de alguns dos problemas em nossa sociedade — claro que não a única, nem a mais importante —, desde a intolerância à religiões minoritárias, até o desincentivo do uso de preservativos.11, 12, 13, 14 Nas últimas duas décadas, o protestantismo neopentecostal vem tomado o lugar do catolicismo como religião favorita dos brasileiros, mas a agenda hegemônica e anti-realidade parece continuar sendo a mesma. Aliás, parece ter sido exacerbada.15, 16
Podemos esperar o mesmo no Brasil. Até bem recentemente em nossa história, o catolicismo foi a força motriz por trás de alguns dos problemas em nossa sociedade — claro que não a única, nem a mais importante —, desde a intolerância à religiões minoritárias, até o desincentivo do uso de preservativos.11, 12, 13, 14 Nas últimas duas décadas, o protestantismo neopentecostal vem tomado o lugar do catolicismo como religião favorita dos brasileiros, mas a agenda hegemônica e anti-realidade parece continuar sendo a mesma. Aliás, parece ter sido exacerbada.15, 16
Dessa forma, vi-me obrigado a mencionar a extinta União Soviética e seu regime autoritário porque, no atual clima político do Brasil, acaba tornando-se necessário mostrar que não sou adepto do marxismo-leninismo, nem adepto à ideais políticos similares. Pelo contrário, sou crítico deles, muito embora tenha defendido, nos últimos cinco ou seis anos, algumas posições que poderiam ser consideradas de esquerda dentro do debate político contemporâneo. Este adendo não veio do nada. Senti a necessidade de fazê-lo porque, depois de divulgar um dos meus textos mês passado, fui chamado de petralha e vermelho nas internets da vida.
Parece surreal ter que deixar claro, em 2018, em um país livre, que mesmo se eu fosse de esquerda, seria uma completa insanidade autoritária desejar a minha censura. Esta é uma crítica que poderia fazer (e faço) à grande parte da esquerda brasileira, inclusive, mas o momento histórico pede que eu a dirija à base do presidente-eleito. Esta base critica tanto os regimes autoritários de esquerda, mas não vê problema algum em regimes brutais de direita, como o que existiu no Chile durante o período Pinochet. Também não enxergam nenhum problema em permitir que bancadas religiosas fundamentalistas — e obviamente oportunistas — tentem tirar das escolas coisas absolutamente necessárias, como educação sexual e científica, além de restringir ainda mais o acesso ao aborto — que já é bastante restrito em nosso país — e à métodos contraceptivos.17, 18, 19, 20
Parece surreal ter que deixar claro, em 2018, em um país livre, que mesmo se eu fosse de esquerda, seria uma completa insanidade autoritária desejar a minha censura. Esta é uma crítica que poderia fazer (e faço) à grande parte da esquerda brasileira, inclusive, mas o momento histórico pede que eu a dirija à base do presidente-eleito. Esta base critica tanto os regimes autoritários de esquerda, mas não vê problema algum em regimes brutais de direita, como o que existiu no Chile durante o período Pinochet. Também não enxergam nenhum problema em permitir que bancadas religiosas fundamentalistas — e obviamente oportunistas — tentem tirar das escolas coisas absolutamente necessárias, como educação sexual e científica, além de restringir ainda mais o acesso ao aborto — que já é bastante restrito em nosso país — e à métodos contraceptivos.17, 18, 19, 20
A base do presidente-eleito apoia projetos claros de censura aos professores nas escolas e universidades, partindo do princípio que existe uma neutralidade ideológica — uma neutralidade que coincide com a visão de mundo deles, claramente espelhada na mais caricata direita norte-americana. Se existe uma neutralidade ideológica, ela certamente não é aquela propagada por essa base, já que panaceias liberais na economia, somadas à defesa de uma suposta "família tradicional", não são os principais atributos que fizeram países como os Estados Unidos e a Inglaterra (considerados bastiões do livre mercado e dos costumes civilizatórios ocidentais) serem bem sucedidos materialmente. Foi o contrário: imperialismo, intervencionismo e amoralidade foram cruciais para tornar as duas nações em potências.21, 22, 23, 24
Àqueles que são a favor do Estado laico e deram carta branca ao político mais conservador que já existiu em nossa política — além de ser o político mais próximo da bancada religiosa na história do Congresso Nacional — precisam entender a porta que podem ter ajudado a abrir, ainda que sem intenção e por medo do caminho pelo qual a esquerda nos levava. A euforia do mercado financeiro e um possível boom econômico por conta da eleição de Bolsonaro importarão pouco no longo prazo caso certas medidas políticas se tornem realidade.*
A ironia inescapável é que o medo de um regime político autoritário (de esquerda) fez com que milhões de pessoas no século XX abraçassem políticos brutais (de direita). Esta triste ironia continua viva até os nossos dias e parece que não tem data de expiração, especialmente no Brasil, onde importamos argumentos absurdos da direita norte-americana para combater a ilusória e destrutiva crença, ainda viva na América Latina, em uma Utopia socialista. Além dos argumentos absurdos que já mencionei, outra linha argumentativa recorrente é o redutio ad hitlerum que os defensores da liberalização das armas fazem, ao afirmar falsidades sobre o regime nacional-socialista alemão ter promovido o desarmamento geral da população.25, 26 Políticas como essa — que não aconteceram — supostamente fariam Hitler "ser de esquerda", outro absurdo repetido à exaustão pela direita na última década.27
A ironia inescapável é que o medo de um regime político autoritário (de esquerda) fez com que milhões de pessoas no século XX abraçassem políticos brutais (de direita). Esta triste ironia continua viva até os nossos dias e parece que não tem data de expiração, especialmente no Brasil, onde importamos argumentos absurdos da direita norte-americana para combater a ilusória e destrutiva crença, ainda viva na América Latina, em uma Utopia socialista. Além dos argumentos absurdos que já mencionei, outra linha argumentativa recorrente é o redutio ad hitlerum que os defensores da liberalização das armas fazem, ao afirmar falsidades sobre o regime nacional-socialista alemão ter promovido o desarmamento geral da população.25, 26 Políticas como essa — que não aconteceram — supostamente fariam Hitler "ser de esquerda", outro absurdo repetido à exaustão pela direita na última década.27
E o que essa enfadonha exposição que fiz sobre o perigo de um governo erigido sobre bases teocráticas teria a ver com a questão do pessimismo, do suicídio e da autopreservação? Tem a ver por algo muito simples: o perigo da censura ou da filtragem de informações imposto pela lei. Assim como tive asco ao ler sobre o sistema de ensino de filosofia na extinta União Soviética, um regime de autoritário de esquerda, com seu patético filtro dialético materialista — através do qual qualquer noção intelectual deveria ser obrigatoriamente julgada —, detesto a possibilidade de um ensino filtrado através da ótica de movimentos políticos como o Escola Sem Partido (que sim, é movimento político, quer admitam ou não) e parlamentares fundamentalistas.
O ensino na escola e a troca de visões de mundo fora dela devem ser pluralistas, sem censura, sem doutrinação — falo aqui de verdadeira doutrinação, aquela que proíbe, por via de regra, através da lei, o ensino de perspectivas diferentes da oficial, utilizando penalidades civis e criminais, inclusive, algo que não ocorre no Brasil de hoje, por mais que conservadores falem de "doutrinação marxista". Um sistema que censure, dentro e fora da sala de aula, manifestações político-ideológicas, é também um sistema que pode censurar manifestações éticas e metafísicas, como, por exemplo, afirmar que a vida não vale a pena ser iniciada. Por mais que seja um erro acreditar que o pessimista necessariamente tem que defender o suicídio, ele não vê o ato suicidário com horror, algo que a maioria faz — e qualquer lei que proíba o ensino desta ou daquela determinada tendência política, certamente poderá proibir o ensino de tais noções filosóficas
Há algumas noções que, por mais que não propaguem algum tipo de violência, são tidas como escandalosas pela maioria das pessoas. Dizer que a vida não têm sentido algum ou, pior ainda, que as coisas negativas são desproporcionalmente maiores que as positivas, é uma noção que tornou-se tabu em regimes autoritários de todos os tipos. É bastante óbvio por que o pensamento pessimista de um filósofo como Schopenhauer jamais teve vez na Itália de Mussolini, na China maoista ou na Rússia leninista — não foi porque os italianos, chineses e russos que viveram sob esses sistemas políticos eram iluminados e preferiam coisa melhor, mas porque obras que não condiziam com o pensamento oficial eram proibidas. Quando não proibidas, eram filtradas de tal forma que seria impossível qualquer estudo sério sobre elas. E isso é apenas um exemplo. Há diversas outras vertentes de pensamento na filosofia, na psicologia, na sociologia, na ciência política e economia que foram (e ainda são, em várias partes do mundo humano) tratadas dessa maneira.
Os cristãos gnósticos dos primeiros séculos de nossa era acreditavam que o universo material foi forjado por uma divindade tola ou má, a qual chamavam de demiurgo — palavra grega que significava artesão. A figura também foi usada por Platão no diálogo Timeu, séculos antes, mas sem a conotação negativa. Segundo as crenças gnósticas, o demiurgo nasceu como resultado de algum distúrbio — aqui as versões variam de seita para seita — no pleroma, o mundo que existe acima do material, habitado pelas emanações do Deus perfeito e incognoscível. A emanação da divindade suprema que pariu o demiurgo, Sofia, escondeu-o no universo da matéria, onde ele cresceu sozinho, acreditando ser o deus supremo. Através da matéria disponível ao seu redor, o demiurgo forjou o mundo que habitamos.
Contudo, para os gnósticos, os homens possuem uma centelha do divino não-material, e através de uma jornada de descobrimento e entendimento somos capazes de compreender que nosso lugar não é o mundo da matéria. Através de rituais específicos, podemos preparar nossas almas para que elas retornem ao pleroma e vivam junto das emanações perfeitas do Deus incognoscível. É uma visão extremamente pessimista da vida e do mundo que habitamos. Dentro dessa crença, qualquer um que obrigue o homem a adorar este mundo como perfeito é visto com desconfiança. Aqueles que adoram a matéria — seja por acreditarem que ela foi criada por um Deus benevolente ou por acharem que o nosso universo é uma máquina passível de ser entendida e manipulada em nosso benefício — são servos do demiurgo.
É uma boa analogia, ao meu ver, comparar aos arcontes do demiurgo aqueles que querem forçar esta ou aquela perspectiva goela abaixo das pessoas e censurar (ou filtrar) noções que não sejam compatíveis com suas verdades. Já não basta o nosso mundo funcionar há três séculos sob uma lógica que transforma seres humanos em engrenagens descartáveis dentro da locomotiva da produção28, 29 — seja ela voltada para o enriquecimento de poucos ou para a glorificação de uma distopia coletivista —, ainda temos que lidar com o fato de algumas sociedades serem autoritárias, teocráticas, entre outras coisas.
Esta semana, nos Estados Unidos, duas irmãs sauditas cometeram suicídio por medo de serem obrigadas a retornar à Arábia Saudita.30 Elas sofriam violência nas mãos de familiares, algo que é perfeitamente legal aos olhos da lei daquele país. As irmãs, que haviam requisitado asilo para o governo americano e aguardavam uma resposta, disseram em algumas ocasiões que preferiam morrer a retornar ao seu país de origem.
Às vezes, o demiurgo e seus arcontes podem fazer o suicídio valer a pena.
Esta semana, nos Estados Unidos, duas irmãs sauditas cometeram suicídio por medo de serem obrigadas a retornar à Arábia Saudita.30 Elas sofriam violência nas mãos de familiares, algo que é perfeitamente legal aos olhos da lei daquele país. As irmãs, que haviam requisitado asilo para o governo americano e aguardavam uma resposta, disseram em algumas ocasiões que preferiam morrer a retornar ao seu país de origem.
Às vezes, o demiurgo e seus arcontes podem fazer o suicídio valer a pena.
*Entre o dia que terminei de escrever este texto até sua publicação, hoje, isto aconteceu: https://www.valor.com.br/internacional/5968973/egito-cancela-viagem-de-aloysio-nunes-e-da-comitiva-brasileira
Referências:
1. http://repositorio.unb.br/handle/10482/152752. https://www.amazon.com.br/Trouble-Being-Born-Eugene-Thacker/dp/1611457408
3. https://www.amazon.com.br/Cioran-Filosofia-Ros%C3%A1rio-Rossano-Pecoraro/dp/8574304530
4. https://philosophynow.org/issues/3/The_State_of_Philosophy_in_the_USSR
5. https://www.psychologytoday.com/intl/blog/our-humanity-naturally/201103/misinformation-and-facts-about-secularism-and-religion
6. https://www.psychologytoday.com/us/blog/the-secular-life/201410/secular-societies-fare-better-religious-societies
7. https://www.washingtonpost.com/posteverything/wp/2017/06/02/why-dont-christian-conservatives-worry-about-climate-change-god/?utm_term=.e3ac14d60cf2
8. http://www.latimes.com/opinion/op-ed/la-oe-1101-zuckerman-violence-secularism-20151101-story.html
9. http://www.pewresearch.org/fact-tank/2017/04/26/among-white-evangelicals-regular-churchgoers-are-the-most-supportive-of-trump/
10. https://news.gallup.com/poll/211679/majority-say-religion-answer-problems.aspx
11. https://www.yadvashem.org/articles/academic/catholic-elites-in-brazil.html
12. https://www.nytimes.com/1974/12/31/archives/new-growth-of-brazilian-cults-is-troubling-the-catholic-church-by.html
13. http://www.cnbb.org.br/o-pecado-nao-esta-na-camisinha/
14. https://padrepauloricardo.org/episodios/papa-e-os-preservativos
15. https://theconversation.com/in-brazil-religious-gang-leaders-say-theyre-waging-a-holy-war-86097
16. https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/02/05/biologo-desmente-malafaia-sobre-homossexualidade-nao-ter-base-genetica.htm?mobile
17. https://noticias.gospelprime.com.br/bancada-evangelica-apresenta-propostas-para-a-proximo-presidente/
18. https://noticias.gospelmais.com.br/projeto-feliciano-obriga-ensino-criacionismo-escolas-74412.html
19. https://www.huffpostbrasil.com/2018/06/08/quando-o-fundamentalismo-da-bancada-religiosa-domina-o-debate-sobre-aborto-no-congresso_a_23452639/
20. https://www.jcnet.com.br/Politica/2013/11/pastores-querem-barrar-distribuicao-de-contraceptivos-para-adolescentes.html
21. https://www.theguardian.com/books/2011/oct/19/end-myths-britains-imperial-past
22. https://www.amazon.com/Myth-Free-Market-Capitalist-Economy/dp/1565492676
23. http://evonomics.com/myth-prosperity-generating-free-market-dispelled-time-new-new-deal/
24. https://www.ncronline.org/books/2017/08/reich-takes-free-market-myth
25. https://www.salon.com/2013/01/11/stop_talking_about_hitler/
26. https://ir.lawnet.fordham.edu/cgi/viewcontent.cgi?referer=https://en.wikipedia.org/&httpsredir=1&article=4029&context=flr
27. https://www.youtube.com/watch?v=b8AcmzqFdPM
28. https://www.irishtimes.com/culture/is-economics-corrupting-our-idea-of-human-worth-1.3673115
29. https://hbr.org/2011/06/people-are-not-cogs
30. http://time.com/5443384/saudi-sisters-duct-taped/